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O que é um Family Office?

  • Foto do escritor: Eduardo Parreira
    Eduardo Parreira
  • 25 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de ago. de 2024

Multi family office é o termo em inglês que define os gestores de recursos financeiros dos sócios e acionistas de empresas e de seus herdeiros e familiares.

No fim do século XIX, clãs familiares e empresariais como os Rockefeller, Carnegie, Matarazzo, Windsor, Pew, Gerdau, e outras, adaptaram o modelo de gestão de recursos financeiros usado por bancos europeus para gerir suas fortunas pessoais e familiares, além da empresarial. Com o tempo, estenderam o serviço a outras grandes famílias americanas e européias, separando as firmas de gestão, para maior independência. Nos Estados Unidos e na Europa, os multi family office (MFO) gerenciam patrimônios estimado em vários trilhões de dólares e euros, enquanto que no Brasil os mais de 50 MFOs em operação no país, administram um patrimônio superior a 100 bilhões de dólares, em crescimento.


No Brasil, estima-se que mais da metade das 500 maiores empresas sejam grupos empresariais familiares, e que têm MFOs administrando a maioria da fortuna de seus acionistas, herdeiros e familiares. O grande desafio das famílias perpetuarem seu legado, em todo mundo, é a adequada formação de sucessores e líderes nos diversos momentos da família, dos empreendimentos e do dinâmico mundo globalizado.


São exemplos de sucesso empresarial familiar e perpetuação de sucessão no mundo: a Mitsubishi no Japão; a Soong na China; a Tata e a Birla ambas na Índia; a Windsor e a Westminster no Reino Unido, os Krupp na Alemanha, entre outras.


E as famílias (não bilionários individuais) de maior perpetuação e sucesso nos EUA são (com valores aproximados, baseado em anos anteriores a publicação deste post):

1. Walton, da Wal-Mart (com cerca de US$ 130 bilhões) 2. Koch, investimentos diversos (US$ 82 bilhões) 3. Mars, indústria de doces (US$ 78 bilhões) 4. Cargill-MacMillan, Cargill Inc. (US$ 49 bilhões) 5. Cox, mídia (US$ 41 bilhões) 6. S. C. Johnson, produtos de higiene (US$ 30 bilhões) 7. Pritzker, hotéis e investimentos (US$ 29 bilhões) 8. (Edward) Johnson, gestão de fortunas (US$ 28,5 bilhões) 9. Hearst, Hearst Corp. (US$ 28 bilhões) 10. Duncan, oleodutos (US$ 21,5 bilhões) 11. Newhouse, revistas e TV à cabo (US$ 18,5 bilhões) 12. Lauder, produtos de beleza (US$ 17,9 bilhões) 13. Dorrance, Campbell Soup Co. (US$ 17,1 bilhões) 14. Ziff, editoração (US$ 14,4 bilhões) 15. Du Pont, DuPont (US$ 14,3 bilhões) 16. Hunt, petróleo (US$ 13,7 bilhões) 16. Goldman, imóveis (US$ 13,7 bilhões) 18. Busch, Anheuser-Busch (US$ 13,4 bilhões) 19. Sackler, indústria farmacêutica (US$ 13 bilhões) 20. Brown, bebidas (US$ 12,3 bilhões) 21. Marshall, investimentos diversos (US$ 12 bilhões) 22. Mellon, banco (US$ 11,5 bilhões) 23. Butt, supermercados (US$ 11 bilhões) 23. Rockefeller, petróleo (US$ 11 bilhões) 25. Gallo, bebidas (US$ 10,7 bilhões)


E na América Latina e Brasil, merecem destaque as famílias: Slim (Mexicano), Lemann, Safra, Santo Domingo (Colombiano), Telles, Marinho, Sicupira, Moreira, Gerdau, Fontbona-Luksic (Chilena), Villela, Parreira, Aguiar, Beltran, Igel, Moreira Salles, Di Grassi, Penido, Roriz, Civita, Feffer, Setúbal, Sacomori, Diniz, Ermírio de Moraes, entre outras. Naturalmente não faz sentido citar e dar destaque a algumas que, depois de tantas gerações, terminaram se envolvendo em escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro.


A maioria destas famílias e grupos empresariais familiares, sabem que o sucesso da preservação e crescimento do patrimônio é resumido na capacidade de conservação do poder econômico mantido sob controle de herdeiros e sucessores capacitados e preparados desde a infância e juventude.


Há muitas maneiras de se aproximar e de aprender com essas famílias de sucesso: trabalhando em alguma empresa do grupo empresarial ou familiar; trabalhando com algum dos MFOs que administram suas fortunas; participando de eventos culturais ou de caridade promovidos por elas; frequentando os vários pontos de encontro, como clubes, cafés, restaurantes ou entidades que os membros familiares frequentam; participando de eventos e palestras aos quais vários membros ativos e líderes dessas famílias são convidados a palestrar, compor mesas de entrevistas e debates.


Ou ainda, unindo e liderando sua própria família de forma que, algumas gerações depois, ela se transforme em mais uma destas. Se a sua família só conversa e se reune aos fins de semana, para comer macarrão juntos, beber cerveja e falar mal de algum outro parente ou amigo, estão no caminho errado. Nem é tudo uma questão de dinheiro, mas sim uma questão de valorizar o capital humano, a união de talentos; a diversidade de habilidades e vocações, as lideranças naturais e conquistadas; a ajuda mútua e o firme desejo de ver prosperar sua família, seus amigos, o próximo, sua comunidade, cidade e seu país.

 
 
 

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